**Título: Inflação em São Luís encerra 2024 com alta de 6,51%, impulsionada por alimentos e transporte**

O cenário econômico em São Luís apresenta um desafio significativo ao final de 2024, com a inflação acumulada atingindo a marca de 6,51%, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa taxa é a mais alta entre as regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mês de dezembro, em particular, observou uma elevação de 0,71%, que superou a taxa de 0,33% registrada em novembro, sinalizando uma aceleração nos preços ao consumidor.

No panorama nacional, a inflação média em 2024 foi de 4,83%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5%, ou seja, até 4,5%. Os principais vilões dessa alta em São Luís foram os setores de transporte e alimentação e bebidas. Para se ter uma ideia, os preços dos alimentos na capital subiram 8,89% ao longo do ano, com o café moído liderando as altas, com uma impressionante elevação de 42,51%.

Conforme explica André Almeida, gerente da pesquisa do IPCA, o aumento acentuado nos preços dos alimentos pode ser atribuído a diversos fatores. Entre eles, destaca-se a destinação de safras para exportação, além das questões climáticas que afetaram a produção. O grupo de transportes, por sua vez, registrou um aumento de 2,11% em dezembro, impulsionado principalmente pelo preço da gasolina, que subiu 2,89%, e pelo conserto de automóveis, que teve um acréscimo de 3,37%. O transporte por aplicativo também viu uma elevação considerável, de 20,83%.

Em contraste com esses aumentos, o setor de habitação apresentou uma leve deflação de -0,60% em dezembro. Essa queda foi influenciada pela diminuição nos preços da energia elétrica residencial, que caiu 1,87% devido à mudança na bandeira tarifária de amarela para verde. Apesar dessa deflação, a tendência em geral foi de alta, refletindo um aumento nos preços em todos os principais setores.

A meta de inflação para o país é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e o Banco Central toma decisões de política monetária para tentar manter a inflação dentro do intervalo estabelecido. Quando a meta não é alcançada, o presidente do BC é obrigado a enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando as razões para o desvio.

A superação da meta inflacionária indica que o Banco Central poderá ser forçado a adotar uma postura mais rigorosa, possivelmente elevando a taxa de juros para controlar a inflação. Juros mais altos significam um encarecimento do crédito para indivíduos e empresas, o que, por sua vez, tende a reduzir o consumo e, consequentemente, ajudar no controle da inflação. Por outro lado, juros mais baixos tornam o crédito mais acessível, estimulando o consumo e movimentando a economia.

Por fim, o histórico das metas de inflação e as estratégias do Banco Central continuarão a ser um tema central nos debates econômicos, especialmente à medida que o Brasil se prepara para os desafios que 2025 pode trazer.

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