O Ministério da Previdência Social decidiu dispensar Guilherme Serrano do cargo de coordenador-geral de Estudos Estatísticos, Atendimento e Relacionamento Institucional. A decisão foi oficializada no Diário Oficial da União. Serrano já havia ocupado o cargo de presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é mencionado em um inquérito que investiga descontos indevidos de aposentados e pensionistas, mas não é considerado um investigado.
Após a troca de governo, Serrano foi alocado em uma espécie de secretaria especial pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Durante o período em que Serrano esteve à frente do INSS, foram firmados vários Acordos de Cooperação Técnica com entidades que atualmente estão sendo investigadas por fraude. Essas entidades são suspeitas de oferecer propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários, além de realizar filiações múltiplas de aposentados em um mesmo dia.
A liberação de descontos em lote pelo INSS, sem a devida autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator que contribuiu para a ocorrência de fraudes. Recentemente, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão, e a avaliação do governo é que houve omissão por parte de Lupi em relação ao caso. Outra figura envolvida, Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS, foi demitido após o escândalo ser revelado e é alvo de uma operação da Polícia Federal para coletar provas da fraude.